Amor pelo carro: a história de um roubo
Paixões são inexplicáveis, não é verdade? Às vezes, nos apaixonamos por coisas simples, às vezes, por algo complexo, e também por algo que nos complementa ou até nos confronta. E a paixão está aí para ser sentida, não explicada.
Hoje, a gente veio contar pra você sobre uma paixão que levou a Talita Mazzi, empresária da região metropolitana de São Paulo, a vários lugares, literalmente. Talita é apaixonada por carros e esse sentimento trouxe muitas histórias incríveis com seu Volkswagen Fusca 1980.
Amor à primeira vista
Talita sempre sonhou com sua independência e foi através de um carro que ela conseguiu realizar esse sonho. A empresária, que começou a trabalhar quando tinha apenas 14 anos, tinha como objetivo conquistar o seu primeiro possante. À época, Talita conseguiu comprar aquele que foi o primeiro carro de muitos brasileiros, um Fusca.
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E a relação que Talita construiu com seu Fusca foi tão profunda que ela deu um nome para ele: Herbie, assim como o que ficou famoso nas telonas do cinema. Branco e com bancos de couro da mesma tonalidade, o carro era fora de série e não é exagero. O Herbie de Talita havia sido comprado de um colecionador. “O que eu tinha de dinheiro pra comprar na época era um Fusca. Eu tinha um orgulho imenso quando passeava com o Herbie, para mim ele parecia uma BMW. Podiam me oferecer o carro que fosse, mas eu tinha um sentimento grande por aquele carro, porque ele representava uma conquista”, conta.
E, assim como todo apaixonado por carro, Talita ia pra cima e pra baixo com o possante. “Ele era o carro da galera, eu saía com ele, colocava as amigas dentro e íamos para todos os lados. Uma vez, reuni três amigas e nós estávamos arrumadas, maquiadas, de salto alto e decidimos sair com o Fusca. No caminho, fui encarar uma subida e o carro parou de funcionar. Só havíamos nós três no carro. Tivemos que sair, do jeito que estávamos, prontas para a festa, e empurrar o Herbie. As pessoas passavam na rua, buzinavam e a gente ria muito, era hilário. Marcou a nossa vida. Passei por várias situações bastante inusitadas com o Herbie”, afirma Talita.
E não é só a empresária que lembra com carinho do possante. “Eu fiz tantos passeios com ele que até hoje, quando encontro algum colega da época, me perguntam o que aconteceu com o Herbie. Foi o meu primeiro carro e marcou a minha vida. As pessoas se lembram de mim por causa do Fusca”, reconhece.
E, como toda pessoa “nova de carteira”, claro que o carro também passou por alguns perrengues. “Estava com meus 18 anos, fui tirar o carro da garagem e acabei ralando o paralama do Fusca. Como o VW Fusca é mais largo do que os espelhos retrovisores, eu não vi que tinha a possibilidade de raspar, mas ralou. Qual foi a ideia que eu tive? Como o carro era branco, peguei um corretivo (liquid paper) e passei onde havia ralado. E só eu sabia onde estava o arranhão”, revela Talita.
A empresária, que revela no vídeo abaixo mais detalhes de como essa paixão se desenvolveu, está escrevendo sua autobiografia e sua trajetória como empresária. E o Herbie não ficou de fora, servindo de inspiração para outros empreendedores.
Término sem despedida
Toda paixão chega ao fim, mas a da Talita pelo Herbie não terminou da melhor forma. Assim como os relacionamentos que terminam por WhatsApp, não deu tempo de curtir a sofrência do luto da separação. “O Herbie, infelizmente, foi tirado da minha vida de forma inesperada. Fui roubada, mesmo com alarme e trava no volante. Fiquei muito triste e chorei bastante, porque não fazia seguro para Fusca naquela época. Contudo, não perdi a esperança de encontrar o carro. Eu verificava todos os Fuscas brancos que encontrava para ver se não tinham trocado a placa, se poderia ser o meu carro. Fiz isso por meses”, confessa.
Depois de seis meses fazendo buscas pelo Herbie, a empresária avistou um carro muito parecido em meio a milhares de veículos: no estacionamento de um shopping. “Naquele dia, eu reconheci o Herbie e já gritei: ‘é o meu carro, chamem a segurança’. O reconheci porque vi o liquid paper que eu havia colocado na lataria. Até mostrei para as pessoas que estavam comigo. Quem colocaria liquid paper na lataria do carro? Só eu! Mas o novo proprietário do carro tinha acabado de comprar e não sabia do furto. No fim, descobrimos que a lataria era o meu Herbie, mas a parte de baixo, o chassi, era de outro Fusca”, relata.
Ou seja, não tinha o que fazer: quando foi roubado, trocaram o chassi do Herbie pelo de outro Fusca, criando uma incongruência na identificação do carro. Ele não poderia nem ser da Talita, nem do novo dono, que comprou sem saber que foi enganado. Desta forma, o veículo foi direto para o pátio do Detran por causa das irregularidades e nunca mais saiu. “Ficaram as memórias felizes, um orgulho imenso que marcou a minha história. Coleciono lembranças com carinho do que ele significou”, finaliza Talita.
Mas tá pensando que a paixão dela por carros termina aqui? Nada disso: a empresária já teve vários carros depois do VW Fusca e cada um representou um passo importante em sua vida. Tanto que, agora, ela vai trabalhar com sua grande paixão ao inaugurar uma nova rede de postos de combustíveis. E, para finalizar, a empresária garante: “não compro mais nenhum carro se não puder contratar um seguro”.
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